domingo, 22 de janeiro de 2012

The sky is a limit. [capitulo 10.]



Procuro-o. Ainda e sempre.
As saudades apertam, como se de um enorme monstro dentro do meu peito se tratassem. Já lá se foi dois meses, é verdade dois meses, e tu continuas cá dentro.
Há muito tempo atrás, escolhi seguir um caminho. Durante algum tempo, saí-me bem: trazia-o sempre ao meu lado, a minha mão dentro da sua, aquela simples ligação a proteger-me de todo e qualquer mal. Mas num certo momento que já nem sei precisar, desapareceste. 
Ainda não te encontrei. Agora, cheguei a uma clareira, um ponto de viragem: são novamente muitos caminhos a abrir-se, e terei de fazer outra escolha. Poderei deitar tudo a perder, poderei ganhar tudo.
Só tenho 16 anos. Não consigo decidir a minha vida agora. Preciso de ti ao meu lado, a tua mão protectora.
Sinto-te. Em toda a parte, por toda a parte, lá está um pouco de ti, a relembrar-me do "antes". Onde quer que vá, perto ou longe, consigo sentir a tua presença, o teu cheiro e por vezes o teu olhar a poisar sobre mim, porque vives em mim, tão profundamente como sempre, mas a distância física não me poupa.
Consigo sentir-me em mim, é verdade, mas já não sei como sentir-te a meu lado, estar contigo e reviver os toques, as carícias, os murmúrios e todo aquele sonho que vivi.
Éramos, fomos um só, mas sinto que uma parte de nós se perdeu algures por aí, e somos novamente duas pessoas e não uma só.
Se pudesse apenas olhar-te nos olhos, não consigo imaginar o que veria. Os sentimentos antigos ainda lá no fundo do olhar? Ou uma nova realidade que não quero nem nunca quis?
Se olhares nos meus, vês tudo o que quiseres: passado, presente, futuro... eternidade. Pois sempre te quis, continuo a querer-te e sinto que quererei sempre, por mais que digam que os sentimentos são passageiros.
Talvez este não seja eterno, e talvez eu o desenhe e pinte à minha maneira, a de uma sonhadora ingénua, mas é assim que eu o quero. 
- Inês, já viste o que andam a dizer as revistas? – Era a Kiki, ela tinha crescido tanto.
- Não, o que?
- Que tu és uma criança ingénua e que em alguns momentos até da própria sombra tens medo, mas que em outros és livre que nem um passarinho.
Comecei-me a rir de facto essa gente não tem mais nada que fazer.
"Criança ingénua". É assim que alguns me vêem. Obviamente que não me conhecem. Mas eu respeito a opinião de cada um, mesmo que ela magoe. 
Ao contrário deles, não me considero como tal. Tenho uma explicação muito simples para o facto de me verem desse modo: acima de tudo, tento acreditar no lado bom das pessoas. Acredito que toda a gente o tem e tenho esperança que esse lado bom aumente em cada um de nós. 
Por outro lado, por mais erros que uma pessoa cometa, aprendi a perdoá-los porque somos humanos e, queiramos ou não, erramos. Os erros fazem parte do nosso processo evolutivo, assim como a capacidade de perdoar e só um espírito grandioso consegue perdoar. Apesar de tudo, são as irregularidades que fazem de nós o que somos e é quando erramos que mais precisamos daqueles que amamos.
Chamem-me ignorante, idiota, estúpida, infantil, ingénua. Podem fazê-lo, mas não vão mudar a forma como eu vejo as coisas. Prefiro perdoar e viver livremente com o que me rodeia do que guardar rancor com hipocrisia. 
Tenho um coração de vidro, é um facto. Ao mínimo toque, corro o risco que se parta. Por isso, aprendi a colar cada pedacinho até que não se notem as cicatrizes, ao invés de deixar as lascas espalhadas pelo chão para que a pessoa que o partiu as calque e se magoe.
Por isto, da próxima vez que me quiserem chamar "criança ingénua", perguntem-se quem tem razão, afinal.
- Esta gente não tem mais nada que fazer, não ligues! – Disse eu á minha irmã.
- Ah, só mais uma coisa, não sei se vais gostar.
- O que foi?
- Li numa revista, que os One Direction…
- QUE OS ONE DIRECTION O QUE ?
Espera, vou buscar a revista para te mostrar … 

Um comentário:

  1. Adoro o teu blog ! :)
    Tambem sou directioner e o meu blog e sobre eles
    Sigo*

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