quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

The sky is a limit. [capitulo 8.]







Cheguei ao aeroporto, o Harry não me saia da cabeça desde manhã, aquele abraço, aquelas lágrimas, todos os momentos passados com ele, de facto, vão-me fazer falta. Iria partir daqui a duas horas, iria concretizar o meu sonho, deveria-me sentir feliz não?
- O que é que se passa Inês? – Perguntou a Trish.
- Nada, porquê?
- Estás estranha.
- Não dormi direito, estou cansada apenas isso.
Os minutos iam passando e as incertezas cada vez mais pairavam na minha cabeça “ Será que estás a fazer o que está certo? ”, “ é um sonho, mas tens pessoas maravilhosas cá “. Estava perdida no meio dos meus pensamentos, até que a alguém decide interrompê-los.
- Olhaaaaa! – Era a Kiki, a última vez que gritara assim foi quando viu o Harry em nossa casa. – Mana!
- Estou a olhar o que é que foi?
- Não é para mim parva.
Parva? Alguém passava muito do seu tempo a chamar-me assim.
- Então? Queres que olhe para onde?
- Para a entrada!
- HARRY! – Disse eu admirada, confusa, não estava a perceber o que é que ele estava ali a fazer. Estou bloqueada à frente dele, sem escoar uma única palavra, não sei se deva começar por um “surpreendeste-me” ou então por um vulgar “Olá “. Só desejava que iniciasse e me desbloqueasse.
O meu coração começava a palpitar, o meu corpo tremia como nunca e em certos momentos sentia arrepios a avoaçarem na minha pele. Deixei de ter controlo em mim. Estava mal, mas apaixonada.
Abstraindo-me que ele estaria à minha frente, perguntava-me se seria sempre assim. Porque é que ele estaria a fazer isto? 
Não conseguia desviar o olhar, bloqueava-me entre os seus olhos com um ar comprometedor.
A dado instante, pegou-me na mão, alisou-me a pele suavemente e perguntou-me receosamente:
-Posso beijar-te?
-Perguntas sempre primeiro? -respondi.
-Não… mas contigo não sei o que me espera.
-Experimenta…-disse eu.
Ao mesmo tempo que digo isto, ele cola os seus lábios aos meus, finalmente estava a sentir aquilo que queria já á algum tempo. Conheci os seus beijos mais requintados, mais escondidos e mais difíceis de alcançar. Apaziguei a tristeza, vivi e tornei a recordar o quanto foi intenso o nosso momento. As minhas mãos começaram a transpirar e o meu coração … o meu coração cada vez batia mais rápido.
- Inês está na hora! – Era a Sofia.
- Parece que é agora! Felicidades, e ai de ti que não me escrevas!
- Eu escrevo não te preocupes!
Nisto ele puxa-me contra ele e sussurra-me ao ouvido “ amo-te “, um último beijo era a única coisa que poderia fazer naquele momento, e assim o fiz.
- Tenho que ir!
- Adeus!
- Até já.
- Até já?
- Sim eu quero ver isto como um “ até já “.
- Ok, assim seja, até já pequenina. – Disse ele com aquele sorriso só dele.
Olho-o pela última vez. Os seus olhos transparecem o cume de uma montanha em tempo de Inverno e as minhas lágrimas vão caindo. Sinto ainda o seu toque, o seu cheiro, o doce das melodias que exprimia a cada palavra, e concluo, preciso dele. Preciso dele não agora, mas até amanhã e depois, pois sonharei com ele até ao fim de um destes dias.
Olhando em meu redor consigo descobrir tantos lugares que ainda não visitei, mundos onde nunca estive, emoções que nunca senti. E para quê? - Pergunto-me a mim mesma

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