segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

The sky is a limit. [capitulo 5.]

…os seus lábios estavam tão próximos dos meus, e eu queria… eu quero… não eu não quero nada daquela amostra de gente… sim quero quero beija-lo... Não, Sim... 
-HARRY aleluia, estás ai! - Gritou Louis do outro lado da estrada, suspirei, não sei bem se de alívio ou se de raiva por ele ter aparecido naquele momento.
- Louis! – Disse o Harry.
- Fogo, estava a ver que nunca mais te encon… INÊS?
- Olá Louis! – Corei, eu não queria, mas comecei a pensar que ele poderia ter visto alguma coisa.
- Vocês estão bem? 
- Eu podia estar melhor se tivesses chegado um ou dois segundos mais tarde. – Disse o Harry olhando para mim a rir-se.
Mandei-lhe uma cotovelada, para ver se de uma vez por todas calava a boca para não contar o que se tinha passado ali.
- Au! Já vais começar again?
- Desculpa não te queria aleijar… mas CALA-TE PF!
- Ok, desculpa. – Sorrimos ambos, e os seus olhos voltaram a ganhar aquele brilho intenso, aquele brilho que me encantava, aquele brilho único.

*Louis estala os dedos*

- Desculpem lá interromper o momento, mas está frio, e eu quero ir para casa, por isso Harry, despede-te e anda.
- Chau Louis! – Disse eu, dando-lhe um beijo em cada bochecha.
- Até amanhã Harry! – Ao mesmo tempo que me ponho em bicos de pés para me despedir dele, visto que ele nem se baixou, nem um bocadinho, ele agarra na minha mão e deixa nela um papel. – Oh Harr…
- Até amanhã Inês! 
Ele largou a minha mão e entrou dentro do carro escuro, no momento em que deixei de avistar o carro senti um grande aperto no coração, já não me sentia tão segura, sentia-me mais sozinha.
Regressei a casa, e lá estavam os meus pais á minha espera, era melhor começar a preparar-me para ouvir um sermão e provavelmente ficar de castigo, fora a parte de aturar a Kiki, até tinha medo de entrar em casa.
- Mãe, a Kiki?
- Depois de quase inundar a casa por não a teres deixado nem cumprimentar o rapaz lá acabou por adormecer.
- Desculpa, mas já sabes como ele é, ele nunca mais iria conseguir sair daqui.
- Eu sei Inês, e também notei no teu olhar um brilho especial quando olhavas para ele.
- Um brilho especial, mãe? Viste mal, é só um amigo.
- Sabes Inês, tu sais-te de dentro de mim, eu conheço-te melhor que ninguém.
- Oh mãe, o Harry é só um amigo. Ah, eu sai de dentro de ti mas o meu pai ajudou a criar aqui a popstar.
- Tu não mudas mesmo, pois não?
- Humm, não! Vá, vou dormir, até amanhã.
- Vai lá, vê se ganhas juízo! Até amanhã!
- Até amanhã!
Subi as escadas devagar para não acordar a Kiki não estava preparada para ver a minha irmã, abri a porta do meu quarto lentamente, e entrei, o Harry não me saía da cabeça.
Vesti o pijama, e dirigi-me uma última vez á varanda, a noite estava estrelada, estava linda, deitei-me da cama e do nada lembrei-me do papel que o Harry me tinha dado, ainda não tinha lido. Levantei-me apressadamente, peguei nas calças que vestira e tirei o papel do bolso, desdobrei-o com cuidado, estava curiosa, mas ao mesmo tempo tinha receio do que estaria ali escrito.

 Obrigado pela tarde, obrigado pelo abraço, obrigado pelas palavras e desculpa por todos os momentos maus em que a única coisa que fazíamos era discutir.
Agora o coração palpita mais depressa pela ânsia que te aproximes. Estou completamente dependente de ti, tu tens um dom Inês. Esse dom que me fascina, que inevitavelmente eu admiro, traz-me uma alegria profunda, uma felicidade pura... E acabo por mergulhar numa inveja profunda do sol que te queima a pele, da relva que tu pisas, até mesmo da chuva que te molha. E depois há ainda quem fale em conquistas, em vitórias, em progressos, mas eu falo russo, e digo bem alto o teu nome para que todos os surdos ouçam, todos os cegos vejam, todos os mudos falem, porque toda esta minha profecia, tem uma força incomparável, um poder sobrenatural, um valor puro e raro. E como deus existe, ele mesmo vai-me explicar quem tu és afinal...
Harry Styles 


No final tinha o número dele escrito, mesmo á Harry. Estava toda arrepiada, não sabia o que pensar, mas apenas queria que tal como ele, alguém me explicasse quem ele era, aquele não era o Harry que eu conheci no primeiro dia de aulas, aquele estúpido com quem passava todo o tempo a discutir. 

*Inês pega no telemóvel*

- “ Só vi o papel agora óh poeta … 
- “ AHAHAHAH poeta? A vista da tua varanda é de facto inspiradora 
- “ Eii, não mintas Harry 
- “ Não estou a mentir parva <3 
- “ Oh, eu sei que a vista da minha varanda é bué linda e tal, mas tu inspiraste-te foi no abraço que eu te dei, pensas que eu não sei … 
- “ Eu até te chamava convencida, mas como também é verdade … 
- “ Eu estava a brincar :o 
- “ Eu não! Vou dormir óh pequenina! Obrigado por hoje «3 
- “ PEQUENINA? Lá por seres grande já deves pensar -.- , até amanhã «3 

O que era isto? O que se está a passar afinal? Ainda hoje de manhã andávamos às turras e agora, agora estamos amigos e falamos, para não dizer que se o Louis não tivesse aparecido á bocado tínhamo-nos beijado. QUE SEGREDOS É QUE TU GUARDAS AFINAL HARRY?

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