segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

The sky is a limit. [capitulo 4.]





- Oh pah agora segues-me é? Até á minha casa vens, suíno?
- Desculpa, não te queria incomodar.
- Harry, estás bem? Não resmungas, não fazes nada.
- Se eu te disser que não vai adiantar alguma coisa?
- Não sei, experimenta.
Ele estava cabisbaixo, sinceramente já me estava a preocupar, nunca pensei preocupar-me com ele mas estava e não o podia esconder
- Não, não estou bem.
Não sei o que me deu, vi nos olhos dele que precisava de ajuda e a única coisa que consegui fazer foi abraça-lo
- Quando queres até consegues ser simpática. – Disse ele a sorrir.
- Sente-te realizado sff, já me estragas-te a beleza. – Respondi-lhe num tom de brincadeira.
- Peço desculpa, se quiseres dou-te um bocado da minha.
- Eii, és pouco convencido és!
- Estava a brincar contigo.
- Parvo!
Os seus olhos verder começaram a brilhar e ele mostrou-me aquele sorriso maravilhoso.
- Amigos? – Disse-me ele esticando a mão.
- Quem é que te disse que eu quero ser tua amiga, deves pensar. – Fiz-me de difícil e virei-lhe a cara.
- Ok, ajudas pessoas que odeias então.
- Oh pah, é isso que me enerva, tu és o único que tem sempre resposta para o que eu digo, não deixas escapar uma, não?
- Sou muito perspicaz.
- Acredita…
Ele voltou-me a estivar a mão e a sorrir.
- Amigos! – Disse eu dando-lhe a mão. – Eu sou mesmo mal-educada, anda, vamos lá para dentro.
Ele ficou tão admirado quanto eu, eu não era eu, era suposto eu odiar este rapaz, porque razão é que o abracei, que lhe apertei a mão e que o pus em minha casa? Sinceramente não sei o porquê de me estar a chegar ao Harry e o mais estranho é que estou a gostar da companhia dele.
- Não faças barulho por favor, a minha irmã é louca por ti, se te vê põem-se já aos berros. – Sussurrei-lhe.
- Ok, ok.
Fomos para o meu quarto, e ele foi para a varanda, mesmo no sítio onde eu me encontrava antes de ele ter chegado.
- Não me queres dizer porque é que á bocado estavas tão mal?
- Sabes, os famosos também são pessoas.
- Eu sei Harry, eu sei. Mas o que é que se passou para estares assim?
- Apenas estou num dia mau, e precisava de falar com alguém, não me perguntes porque é que vim falar contigo porque nem eu sei, mas senti que me irias perceber.
- Olha, vou lá abaixo avisar os meus pais que tenho aqui um amigo, e para não deixar a minha irmã vir aqui, se não, hoje só sai daqui metade de ti. – Disse eu a rir-me – Fica á vontade.


*Harry a narrar*

O que é que se passa contigo Harry, ainda de manhã sentias um ódio enorme por ela e agora estás cheio de sorrisinhos para cima dela. Já não me conheço, ela tem uma influência tão forte em mim, não percebo como é que ela consegue, mas ela cativa-me, faz-se de forte para se defender, mas é a pessoa mais sensível que alguma vez conheci, se calhar é a única maneira de se defender daquelas pessoa interesseiras. Nunca pensei dizer isto, mas, ela é… diferente.
Nisto, olho para cima da cama, cor-de-rosa, encontrava-se lá um caderno e uma caneta, tentei conter a minha curiosidade, mas não consegui fui ler o que ela tinha escrito naquela folha de caderno.

“ Todos nós proclamamos a palavra paz em manifestações nesta sociedade republicana, no entanto apenas uma pequena porção conhece o verdadeiro significado dessa palavra tão mística e desejada.
Estarmos em paz é encarar o mundo, os problemas, os bons momentos sempre com a mesma tranquilidade não efectuando mudanças no nosso estado de espírito conforme o bem/mal-estar da sociedade. Se todos seguíssemos o modelo desta sociedade moderna, os se sorrisos enchiam de futilidades e todos os passos eram por cima dos outros. Hoje alcancei a verdadeira paz interior, daqui a 6 dias realizo o meu 16º aniversário e não tenho a mínima ideia se irei morrer amanhã.
O tempo passa e a esperança de evidenciar a minha personalidade aumenta, as oportunidades vão surgindo, mas não é a fama que eu quero, é paz. 
"

Oh meu deus, como é que eu pensava que odiava uma pessoa assim, ela é tão parecida comigo, ela compreende tão bem o que eu sinto, ela é tão diferente de todas as raparigas que já conheci, talvez porque está a passar pelo mesmo que eu, ou se calhar porque toda a gente têm a sua metade, aquela que completa o que nos falta.


*Inês a narrar*

- Harry!
- Desculpa…
- Calma, não faz mal, trouxe aqui sumo, se quiseres.
- Obrigado!
Ficamos ali na conversa, até que ele teve que ir embora, vínhamos tão entretidos a descer as escadas que nos esquecemos da Kiki.
- Aii eu não me acredito! – Disse ela.
- FOGEEE!! – Gritei eu.
- HAN?- Respondeu ele.
Agarrei-lhe na mão e puxei-o, tirei-o dali para fora, sai de casa e continuei a correr sinceramente não sei para onde estava a ir.
- Inês! INÊS! Já chega, acho que ela já não vem atrás de nós aqui.
Eu parei e fiquei a olhar para ele.
- Inês. – Disse ele a sorrir. – Não era preciso correres tanto.
- Tens noção que te foste meter na toca do lobo, a minha irmã é tola por ti, ela se te agarrava eras um homem morto nunca mais sais dali…
- Inês…
- … Acredita que não saias mesmo dali inteiro, ela é louca, cortava-te logo um braço…
- Inês…
- … Depois cortava-te um pé e ficava com um pé de estimação…
- INÊÊÊS…
Ele tentou calar-me mas nada,
- … Sim ela é parva e tem ideias parvas…

Ele puxou-me e colocou o seu rosto muito perto do meu, comecei a sentir a sua quente respiração, tentei não o olhar nos olhos, sabia que se o fizesse não iria resistir, mas, tarde demais quando dei por mim os meus olhos já estavam em linha com os dele, os nossos rostos começaram-se a juntar lentamente, a sua respiração era cada vez mais quente, até que …

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