segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

The sky is a limit. [capitulo 11.]



- KIKIIIIIIIIII! DESPACHA-TE RAPARIGA! – Gritava eu
- Tem calma, apre lá para a rapariga tem um foguete no c…
- KIKI! – Disse a minha mãe
- Ahahaha Desculpa mãe! Vim buscar uma revista para a Inês.
- KIKIIIIIIIIIII! – Era eu a gritar mais uma vez.
- ESTÁ AQUI! JÁ VOU!
- DESPACH…
- Calma, já estou aqui. Estás parva hoje.

Peguei na revista, não queria acreditar no que estava a ler, os One Direction vão estar aqui, nos Estados Únidos, quando dei por mim estava aos berros, que nem uma histérica.
Queria fazer-lhe uma surpresa, uma surpresa única e nossa. Queria surpreender-lo com algo vulgar mas com um significado único.
Como em todas as noites, fui até à janela e olhei o céu. Estava uma daquelas noites estreladas e tranquilas. Senti o vento a bater no meu rosto e fechei os olhos. Parecia uma noite igual a tantas as outras. Permanecia o silêncio.
Voltei a abrir os olhos e reparei num ponto mais brilhante do que todos os outros. Podia ser uma miragem, ou um simples ser, mas quando olhei tive a certeza que eras tu.
Nessa noite deixei a janela entreaberta e adormeci. A noite continuou silenciosamente doce.
Finalmente aproximaste-te. Entraste sorrateiramente pela janela, pé ante pé, para eu não acordar. Senti a melodia da tua respiração, aquela música perfeita que me embala em sonhos. Tocaste delicadamente o meu corpo imóvel, inconsciente. Iluminaste o meu rosto com o teu brilho e beijaste-me a alma adormecida e calma.
Saíste pela janela. Voaste através da noite, à procura de algo ou de alguém.
Abri os olhos, muito lentamente e sorri. Mais uma vez entreguei-me ao prazer de sonhar contigo.
Disse o teu nome, invadiste-me o pensamento mais uma vez e voltei a adormecer.
Na noite passada, tinha acontecido a mesma coisa.
Sonhara que tinha ido dar uma volta, que os carros ainda andavam na estrada, velozes, feitos verdadeiras águias terrestres e as pessoas sorriam-se cinicamente, jogando palavras numa mesa de conversas inúteis, até que os olhos dele, que noutra altura foram profundos e intensos, estavam agora vazios e sem cor. O seu corpo, apesar de ainda evidenciar a beleza que antes tinha, estava sujo, ferido, gasto. As roupas cobertas de rubis, rubis de um vermelho tão puro que era quase tão belo como assustador. Estava pálido, e não havia sinal de sorrisos, felicidade, alegria. Aquilo que para ele dantes era uma imagem que facilmente comparava a um anjo, a algo divino, puro, era agora uma figura por quem eu sentia pena, piedade, dó. Parecia desesperadamente querer dizer-me alguma coisa, mas tudo o que eu ouvia eram gritos sufocados por dor. Acordei suada, ofegante, e assustada.
- INÊÊÊÊÊÊÊÊS, escolaaaaaa!
- Já vou pai, calma!
A habitual rotina semanal da qual eu já me tinha cansado, escola, casa, concerto, casa, escola, casa, concerto, casa, escola (…) 20 minutos de caminho até á escola até que finalmente cheguei, pronta para uma massacrante aula de inglês.
- OLÁ MENINOS! – Disse a professora entrando pela sala.
- Bom-dia! - Responde-mos nós.
- Bem meninos, o teste é para a semana, vamos lá ver se vocês têm dúvidas.
Dito isto começou a perguntar um a um se tinham dúvidas, todos diziam que não até que …
- Inês tens dúvidas?
- Tenho uma.
- Diz lá então.
- Posso ir ao patinho num estantezinho estou aflitinha.
Nisto começam-se todos a rir incluindo a professora.
- Vai lá, vai lá!
Saí da sala a correr, desci as escadas rapidamente, sempre com a empregada a resmungar, até pensei “ fogo as empregadas daqui são iguais às de Portugal? “ , comecei-me a rir e ao colocar o pé no último degrau um rapaz espetasse contra mim.
- Au! – Disse eu, sentada no degrau.
- Desculpa, não te vi. – Disse o rapaz.
Isto era-me familiar, estas palavras, este cheiro, esta voz.
- Pois até ai eu j… HARRY?
- INÊS?
- OH-MEU-DEUS!!
- Continuas minúscula AHAHAHAH
- Já estava a demorar muito já … - Disse eu virando a cara, fazendo-me de chateada.
Fiquei calada durante um bocado até que me lembrei da grande vontade que tinha de ir á casa de banho.
- Olha óh grandalhão, nós quando nos encontramos tens que ser sempre tu a espetares-te contra mim e atiras-me ao chão, caso não saibas isso atrasa-me o crescimento, e já é a segunda vez que o fazes se o voltas a fazer levas uma chapada que andas uma semana á procura das cuecas….
- Inês..
- Ah e por falar em cuecas, eu tenho que ir á casa de banho se não acontece aqui uma desgraça desgraçada.
Nisto levanto-me e dirijo-me até á casa de banho, apenas senti a sua mão a tocar no meu braço e a puxar-me contra si, quando dei por mim lá estava eu a viver o meu sonho pela segunda vez, os lábios dele estavam tão próximos de mim como da primeira vez que estávamos juntos, da primeira vez que nos interromperam, no dia do nosso primeiro abraço, podia sentir a sua respiração gélida a bater na minha face, e o beijo não estava para demorar...
-INÊS está aqui... - Gritou Sofia no fundo do corredor, se ela não fosse uma das minhas melhores amigas tinha-a morto nesse instante... - Desculpem! - virou costas e desapareceu, voltei a olhar para o Harry, o seu olhar intenso deixava-me fora de mim, fechei os olhos e deixei-me levar, desta vez eu é que acabei com o pouco espaço que nos separava, desta vez, eu é que o beijei, mas não demorou ate ele me puxar para junto de si...
Beijou-me enquanto me dava a mão, mas eu começei a sentir algo a doer, algo molhado a tentar sair... UPS, a minha vontade de ir ao WC olhei para ele tentando parecer calma...-Vemo-nos daqui a pouco okey? - questionei enquanto mexia as pernas numa tentativa de me manter 'seca', ele olhou para mim um pouco confuso, eao mesmo tempo a fazer um esforço para não se desfazer a rir da minha cara ali mesmo... - Ok.
Desatei a correr e só parei na casa de banho, sentei-me e fiz o que devia ter feito á muito desatei a rir, quase a chorar de tanto rir...
Levantei-me e sai animada com a ideia de ele poder estar na minha sala, e estar a acontecer tudo de novo, mas desta vez, sem discussões, apenas nos limitávamos a amar, e isso era bom, divaguei um pouco enquanto deambulava pelos corredores, se ele estivesse na minha sala? e se estivesse sentado ao meu lado, a vida ganharia mais cor, eu concerteza ganhava vontade de vir para a escola... Abri a porta devagar como que para prolongar o momento de na minha mesa, mas entrei e limitei-me a olhar para uma mesa vazia, olhei para a Jéssica, para a Débora e para a Trish que tinham um sorriso travesso na face, a Sofia já lhes devia ter dito tudo, afinal não passava disso uma mera especulação, de um mero sonho, ele não estava lá, ele não estavaa da minha sala, e a historia estava destinada a não se repetir....
Sentei-me na secretária vazia, as raparigas não tiravam os sorrisos parvos das suas caras.
Tocou finalmente, mas sinceramente entre estar quase a dormir na aula e estar a levar com o interrogatório delas não sei qual seria melhor, dirigimo-nos aos cacifos para pousar os livros, mas quando abri o meu … - Que é isto? – Uma rosa encontrava-se dentro do lá dentro.
– Tem um cartão lê!
- Sim Débora, como se eu não soubesse que estás mais curiosa que eu.
Lá acabei por abrir o cartão …

 " E os nossos caminhos voltaram a cruzar-se, eu vou acabar por deixar que me leves contigo, que me roubes as palavras e que me mudes, mais uma vez, por dentro e por fora. Ainda sei decifrar o teu olhar, escutar a tua voz e perder-me no teu sorriso, ainda espero algo de ti, não por mim, nem por ti, mas por nós. A estabilidade não foi feita para pessoas como eu e como tu, somos diferentes, do inicio ao fim, e com o tempo aprendi a guardar só aquilo que tu me sabias dar de bom, a esquecer tudo o que era desnecessário e a refugiar-me nos teus silêncios.
Anda ter comigo, ás 18 horas á piscina!
Harry Styles "

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